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As dez igrejas que devem R$ 382,3 milhões a União

14/09/2020 - 14:33 | Atualizada em 14/09/2020 - 16:16

Redação

Algumas igrejas querem continuando tendo beneficios as custas do sofrimento do povo brasileiro.

Os dez maiores inadimplentes com a União a desenvolver atividades religiosas devem R$ 382,3 milhões aos cofres públicos. Os débitos devidos pelas organizações religiosas estão ligadas, em sua maioria, à contribuição previdenciária. A informação é do portal Congresso em Foco. A lista das igrejas devedoras pode ser vista no site da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), do Ministério da Economia.

A maior devedora é a  Associação das Famílias para Unificação e Paz Mundial Brasil, ligada à Igreja da Unificação do reverendo sul-coreano Sun Myung-Moon, morto em 2012. A associação deve R$ 99,2 milhões à União, em débitos não especificados.

A segunda é a Igreja Mundial do Poder de Deus, fundada em 1998 pelo apóstolo Valdomiro Santiago (foto). A dívida é de R$ 91,4 milhões em débitos tributários, sendo que R$ 55,5 milhões são de pendências relativas à contribuição previdenciária. A igreja de Santiago ainda consta como irregular em outras obrigações: a Mundial deve, segundo a PGFN, R$ 5,9 milhões em FGTS não recolhidos, R$ 4,2 milhões em multas trabalhistas não pagas, e R$ 25,7 milhões em débitos tributários não especificados.

Outras devedoras são a Igreja Internacional da Graça de Deus, do pastor R.R. Soares (R$ 37,8 milhões), Associação Vitória em Cristo (R$ 35,9 milhões), Igreja Renascer em Cristo (R$ 33,4 milhões), Centro Islâmico Brasileiro (R$32,7 milhões), Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito dos Homens Pretos (R$ 18 milhões), Mosteiro de São Bento da Bahia (R$ 13,4 milhões) e Igreja da Lagoinha (R$ 10,1 milhões). O Centro Islâmico é o único devedor na lista dos 100 maiores devedores a não pertencer à matriz cristã.

A soma de toda a dívida de atividades religiosas com a Fazenda Nacional é de R$ 1,5 bilhão –apenas 39 devem mais de R$ 1 milhão. A lista inclui também atividades desenvolvidas por estas religiões, tais como serviços educacionais, de publicação de livros e gerenciamento de hospitais. Neste montante estão relacionados também débitos de organizações que já não operam mais – como o Instituto Geral Evangélico, maior devedor da lista, com R$ 523 milhões em dívidas, e a Ação e Distribuição, empresa de fachada desmantelada em 2012 pela Polícia Federal e que hoje tem R$ 385 milhões em dívidas.

As igrejas agora passam a ser definitivamente isentas da contribuição previdenciária com a sanção da lei 14.057, publicada nesta segunda-feira (14) no Diário Oficial da União.

 

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