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MMA anuncia bloqueio de verbas e paralisação de combate a incêndios na Amazônia Legal e vence queda-de-braço

29/08/2020 - 08:49 | Atualizada em 29/08/2020 - 09:13

Redação com Agências

Foi grande a repercussão negativa do bloqueio de R$ 60 milhões em recursos para combate ao desmatamento ilegal e às queimadas na Amazônia Legal anunciado na sexta-feira (28) pelo Ministério do Meio Ambiente. Sem recursos para o IBAMA e ICMBio, o MMA anunciou a paralisação, a parir do dia 31 de agosto, de todas as operações de combate ao desmatamento ilegal na Amazônia Legal, bem como todas as operações de combate às queimadas no Pantanal e demais regiões do País.

Nas redes sociais as reações as reações repercutiram no Brasil e no mundo. Às 19h54 o MMA anunciou o desbloqueio financeiro, pelo governo federal, dos recursos do IBAMA e ICMBIO e que, portanto, as operações de combate ao desmatamento ilegal e às queimadas prosseguirão normalmente.

Em meio às cobranças de instituições internacionais, do mercado e da maior seca dos últimos anos, com incêndios de grande proporção na Amazônia Legal, o bloqueio financeiro instalaria uma nova crise no governo Jair Bolsonaro, além de contribuir para aumentar a pressão internacional, com reflexos no mercado financeiro.

Bastidores

A ordem de bloqueio de recursos no valor de R$ 60 milhões partiu do Ministério da Economia a pedido dos ministros militares Walter Braga Netto, da Casa Civil, e Luis Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, publicou nota às 16h54 informando a paralisação das ações de combate ao desmatamento e combate a incêndios na Amazônia Legal e Pantanal. Às 19h54 o MMA já anunciava o desbloqueio à verba.

O vice-presidente Hamilton Mourão, coordenador do Conselho da Amazônia, disse que Salles 'se precipitou' publicando a nota informando a paralisação das ações. O ministro do MMA retrucou e confirmou que houve o bloqueio. Mais tarde, anunciou que o governo desbloqueou os recursos. Desta forma, Ricardo Salles se opôs publicamente a dois ministros considerados mais fortes que ele e mandou o recado que é ele quem manda no MMA. Para alguns interlocutores, Salles colocou em risco sua permanência no ministério.

 

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