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Juiz condena União a indenizar Dallagnol por ofensas proferidas por Gilmar Mendes

11/08/2020 - 07:36 | Atualizada em 11/08/2020 - 07:42

A União foi condenada a indenizar em R$ 59 mil o procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol proferidas pelo ministro do STF Gilmar Mendes.

O ministro não quis comentar a decisão judicial. Já Deltan Dallagnol disse que os recursos serão doados para a construção do primeiro hospital oncopediátrico do sul do Brasil, que é filantrópico.

A decisão é do juiz substituto Flávio Antônio da Cruz, da 11ª Vara Federal de Curitiba, em ação movida por Dallagnol após críticas de Gilmar Mendes.

Na ação, Dallagnol argumenta que sofreu reiteradas ofensas do ministro. Além de ataques no Plenário do Supremo, os advogados do procurador citaram algumas entrevistas de Gilmar Mendes. Numa delas, o ministro definiu a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba como verdadeira “organização criminosa”, formada por “gente muito baixa, muito desqualificada” que buscava lucrar com as investigações, com expressa menção ao nome de Dallagnol; em entrevista concedida à UOL, o ministro Gilmar Mendes sugere que Dallagnol e outros dirijam-se à sociedade como “crápulas” e afirma que houve corrupção.

Já durante uma sessão de julgamento no STF, o ministro Gilmar Mendes chamou os integrantes da força-tarefa de “cretinos”, “gentalha”, “desqualificada”, “despreparada”, “covardes”, “gângster”, “organização criminosa”, “voluptuosos”, “voluntaristas”, “espúrios”, “infelizes”, “reles”, “patifaria” e até “vendilhões do templo”; e numa sessão de julgamento do um Habeas Corpus, Gilmar Mendes acusa os procuradores da força-tarefa da Lava Jato de praticarem crimes, dentre os quais o de tortura, com expressa menção ao nome de Dallagnol.

 

 

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