10/08/2020 - 10:25 | Atualizada em 10/08/2020 - 16:29
Cícero Henrique
Cuiabá pode ter nas eleições municipais de novembro fortes concorrentes à prefeitura, caso se confirmem as pré-candidaturas já colocadas há pouco mais de três meses do primeiro turno. Até agora, seis nomes já foram anunciados pelos partidos como potenciais aspirantes à cadeira de prefeito.
Essa proliferação de candidaturas tende a levar a disputa para o segundo turno, já que além da pulverização natural dos votos, a lista inclui nomes competitivos eleitoralmente, encabeçada pelo atual prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), Fábio Garcia (DEM) e Gisela Simona (PROS).
A concorrência é aumentada por outros três pré-candidatos: o ex-juiz Federal Julier Sebastião (PT), Abilio Junior (Podemos) e Roberto França (Patriotas).
Dois turnos – “Correndo por fora”, surgem ainda outros pré-candidatos de siglas menores ou não tão competitivas, mas que somadas podem arrebanhar um número significativo de eleitores descontentes com as legendas mais tradicionais e reforçar a possibilidade de uma disputa em dois turnos.
ANÁLISE
‘Segundo turno depende de Mauro Mendes’
A realização ou não de dois turnos na disputa pela prefeitura de Cuiabá dependerá fundamentalmente do DEM – partido do governador Mauro Mendes. Caso a legenda confirme a pré-candidatura do ex-deputado federal Fábio Garcia, as chances de um segundo turno aumentam significativamente. “Só vamos saber aos 47 do segundo tempo”, prevê.
Até agora, o governador tem sinalizado que apoiará Fábio Garcia.
A decisão de Mauro Mendes não é fácil. Caso o DEM lance candidato e Fábio Garcia vença, pode se tornar um potencial adversário do governador nas eleições estaduais de 2022. Mas se o partido de Mauro Mendes não tiver concorrente e Garcia vencer no primeiro turno, automaticamente também se tornaria um pré-candidato natural ao Palácio Paiaguás.
Hoje há “6 ou 7” principais pré-candidatos. Mas o lançamento de um número grande de candidatos de partidos menores também pode pesar. Essa proliferação é estimulada pelo fato de que as eleições municipais deste ano serão a primeira com proibição de coligações para candidatos a vereador. Partidos que não tiverem candidatos próprios à prefeitura terão dificuldades de conquistar cadeiras na Câmara.
Em relação à pandemia, a princípio, ela favorece os atuais prefeitos, que ganham visibilidade. Antes pesava muito o apoio da máquina. Isso acabou. Vai ficar muito difícil, principalmente para os vereadores. O corpo a corpo acabou. Candidatos a prefeito têm rádio e TV.
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