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Aras: 'Agora é a hora de corrigir os rumos para que o lavajatismo não perdure'

Durante live, o PGR admitiu intenção de acabar com o que chama de 'lavajatismo'

29/07/2020 - 07:50 | Atualizada em 29/07/2020 - 11:40

Da Redação

O procurador-geral da República, Augusto Aras, admitiu na terça-feira (28) a intenção de 'corrigir rumos' para que o 'lavajatismo' passe e seja substituído no Ministério Público por outro modelo de enfrentamento à criminalidade.

Aras deu a declaração durante um debate virtual promovido por um grupo de advogados. Segundo ele, a 'correção de rumos não significa redução do empenho no combate à corrupção'.

Augusto Aras afirmou que a gestão dele visa acabar com o 'punitivismo' do Ministério Público e que não pode existir “caixa-preta” no MP.

'Agora é a hora de corrigir os rumos para que o lavajatismo não perdure. Mas a correção de rumos não significa redução do empenho no combate à corrupção. Contrariamente a isso, o que nós temos aqui na casa é o pensamento de buscar fortalecer a investigação científica e, acima de tudo, visando respeitar direitos e garantias fundamentais', afirmou Augusto Aras.

A transparência faltou mesmo no processo de escolha do PGR pelo presidente Bolsonaro

A declaração do PGR deixa clara a intenção de desmontar a Lava Jato. No dia 18 de agosto o Conselho Nacional do Ministério Público decidirá se afasta o chefe da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol. Nas redes sociais os defensores da Lava Jato fazem intensa campanha em defesa de Dallagnol. O ex-ministro e ex-juiz da Lava Jato no Paraná, Sergio Moro, manifestou no Twitter apoio a Dallagnol.

O procurador da lava jato em Curitiba Roberson Pozzobon criticou no Twitter a declaração de Aras: “A transparência faltou mesmo no processo de escolha do PGR pelo presidente Bolsonaro. O transparente processo de escolha a partir de lista tríplice, votada, precedida de apresentação de propostas e debates dos candidatos, que ficou de lado, fez e faz falta”.

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) declarou no Twitter: 'Vamos denunciar a atuação cínica do PGR como porta-voz dos ataques à Lavajato, tentando esconder sob o manto de um garantismo de araque os reais interesses de quem sempre quis “estancar a sangria” e “zerar o jogo”, beneficiando os bandidos que roubam este país desde sempre'.

Saiba mais: SERGIO MORO SAI EM DEFESA DE DALLAGNOL NO TWITTER

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