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Fiocruz alerta para segunda onda da Covid-19

24/07/2020 - 17:04 | Atualizada em 24/07/2020 - 17:41

Redação

Os gestores municipais, estaduais e federal não escutam os especialistas em saúde, eles estão ouvindo apenas os puxa-sacos e empresários.

O fato é que caso ocorra a segunda onda da covid-19, o horror de mortes continuará, mas os nossos governantes não parecem estar preocupados com isso, para eles são apenas números. Basta vermos a atitude do presidente da República, Jair Bolsonaro, para constatarmos esse fato.

O Brasil vem enfrentando há cinco meses a pandemia, as ações da comunidade médico-científica brasileira não são atendidas, nem respeitadas pelos governantes, que não estão preparados para o enfrentamento de uma eventual segunda onda da Covid.

Boletim da Fiocruz publicado na última quinta-feira (23/07), informa que os estados do Maranhão, Amapá, Rio de Janeiro, e Ceará, já podem estar iniciando uma segunda onda; o comunicada se refere ao significativo aumento do número de internações ocorridas nas últimas semanas, pela Síndrome Respiratória Aguda Grave – (SRAG), nesses Estados.

Diante desse novo cenário e da pressão dos setores econômicos pela reabertura, certamente o prefeito de Cuiabá, Várzea Grande e o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, daqui a pouco serão obrigados a fechar tudo novamente, porque não adotaram critérios ainda mais rígidos e seletivos. Vale ressaltar que a SES-MT passou a omitir as notificações de SRAG nos boletins sobre a Covid-19 desde a migração de dados no sistema. A maioria dos casos de SRAG, segundo a Fiocruz, são de Sars-Cov-2, a covid-19. 

Os últimos números da Covid-19 mostram que ultrapassamos os dois milhões e meio de infectados, contabilizando quase 85 mil mortos, e continuam crescendo em todo País. 

Grande parte dos estudos científicos internacionais que tratam do tema confirmam as evidências de uma segunda onda, algo que os epidemiologistas brasileiros vêm alertando; somente está alheia a essa realidade, por se julgar infensa a tudo, a parcela da população que continua nas ruas, praias e bares, ignorando os protocolos sanitários, assim como o próprio Presidente da República, que adotou um comportamento errático perante a Covid, e, a julgar pela atitude incivil que continua ter, a eventual segunda onda não deve estar a lhe preocupar.

A propósito, os historiadores que estudam as pandemias no mundo são unânimes em afirmar que numa sequente onda, o grau de letalidade é ainda maior do que o da na primeira; e citam como exemplo o que ocorreu no período da gripe espanhola, no primeiro quartel do século XX, como relatado nos registros da pesquisadora Christiane Maria Cruz:”[…] a gripe espanhola se espalhou em três ondas de contágio, entre março de 1918, e maio de 1919, entre todas elas, a mais grave foi a segunda, iniciada em agosto de 1918, causando a morte de milhões de pessoas”.

No caso de segunda onda, será impossível prever o modo como ocorrerá.

 

 

 

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