O Instituto Paraná Pesquisa divulgou nesta sexta-feira (24) resultados de pesquisa de opinição sobre intenção do eleitorado para Presidente da República em 2022 encomendada pela revista Veja. Foi utilizada amostra de 2030 eleitores, sendo esta estratificada segundo sexo, faixa etária, escolaridade, nível econômico e posição geográfica. O levantamento foi realizado entre os dias 18 e 21 de julho.

O grau de confiança é de 95,0% para uma margem estimada de erro de aproximadamente 2,0% para os resultados gerais. Nas análises das questões por localidade, o grau de confiança atinge 95,0% para uma margem de erro de 3,5% para o estrato da Região Sudeste, onde foram realizadas 884 entrevistas, 4,5% para o estrato da Região Nordeste, onde foram realizadas 546 entrevistas, 5,5% para o estrato da Região Norte + Centro-Oeste onde foram realizadas 306 entrevistas e 6,0% para o estrato da Região Sul, onde foram realizadas 294 entrevistas.
A Paraná Pesquisas encontra-se registrada no Conselho Regional de Estatística da 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª e 7ª Região sob o nº 3122/20.

A pesquisa estimulada mostra liderança de Jair Bolsonaro (sem partido) com 29,0% das intenções de voto.

Em segundo lugar, 17,1%, está o ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça Sergio Fernando Moro (sem partido).

Na terceira posição está Fernando Haddad (PT) com 13,4% das intenções de voto.

Segundo análise da Veja, as lambanças do presidente Jair Bolsonaro e de seus filhos não abalaram sua popularidade. O motivo disso seria o 'fator bolso', a concessão do auxílio emergencial de R$ 600 durante a pandemia. Bolsonaro já entendeu que o dinheiro consegue acalmar os ânimos e evita protestos nas ruas. Foi o que aconteceu com Lula durante o Mensalão do PT, os bolsos cheios manitiveram a popularidade do então presidente Lula.

Bolsonaro prepara um programa de renda mínima para chamar de seu e conseguir se reeleger. A reforma tributária, por sua vez, pretende empurrar novo imposto semelhante à CPMF para transações online.

Paraná Pesquisas

 

Sergio Moro

Nas disputas de segundo turno, Sergio Moro tem 35% dos votos e é quem mais se aproxima de Bolsonaro, com 44,7%. Moro apresenta potencial de crescimento, sobretudo se as investigações do caso Queiroz mancharem a imagem do presidente no que tange ao cuidado com o dinheiro público.

Por isso nas redes sociais os militantes bolsonaristas estão engajados para descontruir a imagem de Sergio Moro, tentanto denegri-lo, tentando colar nele a pecha de 'traidor da pátria'.

Considerando que Sergio Moro enquanto juiz passou a ser odiado pela esquerda, dificilmente poderá conquistar votos deste grupo. Moro precisa de muito trabalho, de uma proposta consistente para a economia, de um projeto que consiga catalisar sua posição.

A rejeição ao presidente Jair Bolsonaro caiu, inclusive em cidades do Nordeste, o que reforça que 'dinheiro no bolso' pode ser fiel da balança em 2022.

Se Bolsonaro for afetado pelo caso Queiroz, ou responsabilizado por usar fake news e robôs na campanha eleitoral de 2018, poderá perder votos em 2022, beneficiando Sergio Moro.