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Presidente Bolsonaro e a responsabilidade pelo descontrole da pandemia no Brasil

Governo ignorou alerta do COE e crise pode se prolongar por dois anos no Brasil

23/07/2020 - 10:15 | Atualizada em 23/07/2020 - 18:58

Jô Navarro

O ministro interino da Saúde, General Pazuello, admite a importância do isolamento para combater o avanço do coronavírus. Mas o presidente da República Jair Bolsonaro ignora avisos do Ministério da Saúde de que sem isolamento os efeitos da pandemia se prolongorão por dois anos no Brasil.

Segundo reportagem do jornal O Estado de São Paulo nesta quinta-feira (23), técnicos do Ministério da Saúde que integram comitê sobre o novo coronavírus alertaram o governo no dia 25 de maio, em reunião a portas fechadas com o Comitê de Operações de Emergência (COE), que sem intervenção os picos vão aumentar descontroladamente, causando insegurança à população que espontaneamente vai se recolher, mesmo com o comércio aberto, o que geraria desgaste maior ou igual ao isolamento da economia.

Na reunião, os técnicos propuseram a criação de aplicativo para rastrear pacientes da covid-19 e até 10 pessoas que tiveram contato com o infectado, mas até hoje isso não saiu do papel.

O negacionismo do governo Bolsonaro em relação ao novo coronavírus coloca milhares de pessoas em risco de morte e multiplica o prejuízo para a economia. É cada vez mais gritante que ao ignorar as recomendações da Organização Mundial da Saúde e demais órgãos científicos mundiais e nacionais o governo Bolsonaro é responsável pelo avanço da doença e do aumento exponencial de mortos.

Ignorando as recomendações da ciência, Bolsonaro faz propaganda da hidroxicloroquina, medicamento sem eficácia para combater a covid-19. Instigados pelo presidente, alguns governadores e prefeitos investem dinheiro público na compra de medicamentos ineficazes, que podem ainda ter efeitos colaterais graves. É o caso de Mato Grosso, que está distribuindo o 'Kit Covid', bem como as prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande, as duas cidades mais populosas do Estado.

Leia também: Fiocruz nega eficácia da cloroquina, cuja recomendação já foi comparada a curandeirismo

Desde a demissão de Henrique Mandeta  e um mês depois Nelson Teich,  o Ministério da Saúde, sob o interino general Pazuello,  submeteu-se às vontades do Presidente Bolsonaro, aumentou o número de militares obedientes no MS, publicou recomendação aos médicos do SUS para prescreverem Hidroxicloroquina e Ivermectina aos pacientes nos estágios iniciais da doença, sem programa de testagem em massa, sem condições de o SUS realizar dois exames de eletrocardiogramas por dia nos pacientes medicados com a droga e sobretudo sem recomendar isolamento social.

O próprio presidente, infectado com o novo coronavírus, toma hidroxicloroquina e divulga isso em suas redes sociais. No entanto, duas semanas depois do primeiro teste positivo, segue infectado

 

 

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