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Mãe de menino de 8 anos admite que foi tudo 'armação' e não houve estupro

Falsa acusação coloca em risco a vida de dois meninos de apenas 10 anos de idade em Cuiabá

09/10/2019 - 13:29 | Atualizada em 10/10/2019 - 18:57

Jô Navarro

A rivalidade entre três crianças resultou numa falsa acusação de estupro.

Na última segunda-feira (7) um garoto de apenas 8 anos contou para sua mãe que sofreu abuso sexual no banheiro da igreja que frequentam. Acusou dois meninos de 10 anos de terem cometido o suposto estupro. Ao ouvir o relato a mãe entrou em desespero, postando mensagens no WhatsApp, ameaçando chamar uma facção criminosa para 'fazer justiça' contra os acusados. 'Vou no diabo a quatro, no comando, em qualquer m...', disse ela.

Um boletim de ocorrência foi registrado e o garoto de 8 anos foi submetido ao exame de corpo de delito. Naquele momento o médico avisou a mãe que não havia sinais de abuso sexual. O laudo ainda não foi entregue, mas isto fez com que a mãe refletisse e fosse em busca da verdade.

Testemunhas sairam em defesa dos dois acusados, que na verdade estavam na classe das crianças com uma professora. As igrejas evangélicas têm classes especiais para crianças, por faixa etária. Eles não foram ao banheiro como relatado pelo pequeno de 8 anos.

Enquanto isso, os pais dos meninos de 10 anos recorreram à Justiça pedindo medida protetiva de urgência, pois estão sendo ameaçados de morte.

Leia aqui: Advogado pede medida protetiva para criança de 10 anos acusada de suposto abuso sexual

Nesta quarta-feira (9) os pais das três crianças reuniram-se na sede do Conselho Tutelar na região do CPA . A mãe da suposta vítima afirmou que seu filho admitiu que foi 'tudo armação'. Ela se dispôs a fazer uma retratação por meio de áudio, para não deixar dúvidas sobre o caso.

Para o Dr. Daniel Ramalho, que assumiu a defesa dos acusados, 'situações amargas como esta nos mostra como falsas acusações podem interferir na vida das pessoas. Protocolamos medidas protetivas para resguardar a vida de um dos menores acusados injustamente de um crime bárbaro. Com efeito chamamos atenção aos órgãos de proteção a criança e adolescente para fiscalizar o modo de criação deste menor de 08 anos'.

Medida protetiva
Para o advogado Daniel Ramalho, o risco para os dois meninos acusados é iminente, pois que nem todos têm conhecimento da verdade, 'Foram dezenas de sites de notícia replicando essa notícia, as famílias já receberam ameaças, concluímos que a medida protetiva mesmo após a confissão da mãe do outrora vítima se faz mais do que necessário para resguardar a integridade física e psicológicas das crianças de 10 anos'.

Outro lado

A reportagem conversou por meio do aplicativo WhatsApp com a mãe do menino de 8 anos, abrindo espaço para uma manifestação sua. Ela se recusou a prestar qualquer declaração, afirmando que vai responder apenas aos advogados dos meninos e atribuiu à imprensa a responsabilidade 'por tudo que está acontecendo'.  

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