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Asssessor de Fagundes responde a ação de improbidade

11/09/2012 - 15:15

Lilian

Que Durval entregou meia população de políticos e de empresários do DF é sabido.

A notícia do depoimento do qual o delator participou (23/08) na 2ª Vara de Fazenda Pública é que Durval recarregou a metralhadora giratória e apontou para o governo e a Câmara. Atuais.

Diante do juiz Álvaro Ciarlini, que conduziu o depoimento do ex-distrital Rogério Ulysses sobre a ação a que ele responde por improbidade administrativa, Durval disse: "A organização criminosa investigada pela Caixa de Pandora foi instalada em 2003, funcionou em 2009 e continua agora. Não vai parar nunca". Sem mais detalhes.

Ex-secretário de Relações Institucionais do GDF e réu confesso, sobre o qual recaem várias ações judiciais, Durval já foi condenado por fraude em licitação, peculato e corrupção.

Do alto de sua vivência, Durval afirmou em juízo que a propina paga a deputados distritais na gestão passada "tinha o objetivo de comprar apoio político, fazer caixa de campanha e manter interesses pessoais."

Embora tenha admitido que não tinha "intimidade" com Rogério Ulysses e que nunca entregou dinheiro a ele, Durval acusa o ex-distrital de ter recebido propina como os demais colegas da legislatura passada e que em um só mês Rogério levado entre R$ 50 e R$ 60 mil por meio de "operadores do esquema".

Rogério negou durante a audiência que tenha se valido de quantia que não fosse o salário e a verba indenizatória que recebia como deputado. "Sou de origem humilde, arrimo de família, tudo o que gastei na campanha está devidamente declarado à Justiça", defendeu-se.

Rogério foi questionado sobre a situação financeira de seus pais, que são aposentados e retificou sua condição de arrimo. "Meus pais se mantêm sozinhos, não me expressei bem. É que sustento meus quatro filhos".

A condição de paternidade, aliás, é recente. Rogério virou pai há três anos, quase na mesma época em que surgiu a Caixa de Pandora. "Depois que deixei a política, tinha que fazer alguma coisa. Fui fazer filho. Do contrário, pirava", disse.

Durante a audiência, Rogério disse que há dois meses foi cedido da secretária de Educação, onde é professor de ensino fundamental, para a Câmara dos Deputados. Ele está assessorando o deputado federal Wellington Fagundes (PR-MT).

Rogério responde a ação de improbidade por participação no esquema da Pandora. Também foi denunciado pelo PGR pelo mesmo escândalo.

Na ação de improbidade, o Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (NCOC) do Ministério Público do DF cobra do distrital R$ 5.909.820, soma do desvio atribuído a ele e dos danos morais à sociedade que o elegeu como representante.

Se Rogério volta para a política?

"Talvez. Estou pensando".

Sobre a experiência de encontrar o algoz pela primeira vez desde as denúncias...

"Eu nunca tinha encontrado Durval pessoalmente. Não conhecia ele. Parece até cantor de forró com esses cabelos e esses trejeitos", disse Rogério Ulysses, que em matéria de cabelo é primo de primeiro grau do cantor Frank Aguiar.

A reportagem tentou entrar em contato com o deputado Wellington Fagundes, mas o telefone só estava fora de área.

 

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