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'Vou responder a tudo', diz Pagot

27/08/2012 - 18:57

Felipe Patury

Será tomado, na quarta-feira, um dos principais depoimentos na, até agora, insossa CPI do Cachoeira: Luiz Antonio Pagot, ex-diretor do Dnit. Na semana passada, ele disse a ÉPOCA que não vai pedir “habeas corpus” ao Supremo Tribunal Federal (STF) – expediente adotado por vários depoentes – para permanecer calado. “Vou responder a tudo a que for perguntado. Não volto atrás em nada do que falei”, disse. Em abril, afirmou a ÉPOCA ter sido afastado do Dnit em razão de uma negociata do bicheiro Carlinhos Cachoeira com a Delta Construções, principal beneficiário do PAC.

Também disse ter sido pressionado pelo deputado federal Valdemar da Costa Neto (PR-SP), réu no processo do mensalão, a favorecer a empreiteira num projeto no litoral de São Paulo. Uma das perguntas que deve gerar mais polêmica durante seu depoimento será sobre o seu relacionamento com o deputado federal José de Filippi (PT-SP), tesoureiro da campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010.

Isso porque Pagot poderá esmiuçar como De Filippi o abordou para que arrecadasse recursos para a campanha da presidente junto a empreiteiras contratadas pelo Dnit. Perguntas sobre Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, ex-diretor da Dersa, estatal paulista, no governo tucano, também prometem esquentar a sessão. Até agora o que mais surpreendeu Pagot foi o modo como foi convocado para a CPI. “Não recebi ofício ou comunicado em casa. Foi por e-mail mesmo”, disse. No dia seguinte (29), Paulo Preto e o dono da Delta, Fernando Cavendish, comparecerão à CPI.

 

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