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Proprietário de mansão onde bicheiro foi preso presta depoimento em CPMI

05/06/2012 - 14:25

Redação

Mesmo com a notícia de que a ex-chefe de gabinete do governador Marconi Perillo, Eliane Gonçalves Pinheiro, não comparecerá à sessão desta terça-feira (5/6), os integrantes da CPMI do contraventor Carlinhos Cachoeira estão desde as 10h reunidos no Senado para ouvir outras três testemunhas.

O primeiro a ser ouvido é Walter Paulo Santiago, proprietário legal da mansão vendida pelo governador Perillo em Goiânia, imóvel era ocupado pelo bicheiro no momento de sua prisão, em fevereiro. Walter Paulo disse que não tinha conhecimento de quem morava na residência, embora tenha confirmado que comprou a casa de Perillo, com dinheiro vivo. "Comprei a casa como administrador da empresa. Quando fizeram a empresa, me colocaram como administrador, pois qualquer erro ou acerto eu é que sou responsável". Questionado como teria conseguido dinheiro para a operação comercial, Walter disse que o dinheiro foi proveniente da faculdade Padrão, da qual ele é sócio.

Antes de começarem a ouvir as testemunhas, os senadores Pedro Taques (PDT-MT) e Álvaro Dias (PSDB-PR) defenderam que, nas sessões que serão realizadas na semana que vem, a CPI debata as convocações de Luiz Antônio Pagot, ex-diretor do DNIT, e de Fernado Cavendish, ex-presidente da Delta.

Durante o depoimento, Walter Santiago garantiu que tinha apenas contatos sociais com Cachoeira. Segundo ele, os dois se viram na faculdade Padrão e em casamentos de dois filhos de Santiago. "Também nos encontramos em uma churrascaria e ele (Carlos Cachoeir) afirmou que eu já havia trabalhado muito na vida e em seguida me questionou o que eu gostaria de ter para descansar", esclareceu o depoente. Em resposta, Walter Paulo teria pedido ajuda para implantar um curso de Medicina em prol do povo de Goiás.

Em outra ocasião, o proprietário da universidade defendeu que embora a compra da casa tenha sido realizada toda em dinheiro, foi um negócio de "boa fé" de ambos os lados. Walter também afirmou que o dinheiro utilizado na transação que veio da empresa Mestra, cujo ele é o administrador, foi todo contabilizado.

Santiago se contradisse durante algumas respostas e alegou não saber quem paga o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) da casa comprada e que, no momento, ninguém mora no local.

 

 

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