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Eder desafia AL a investigar pagamento de cartas de crédito ao MPE

10/11/2015 - 17:19

Cícero Henrique

 O ex-diretor da Secopa Eder Moraes depôs na manhã desta terça-feira,10, na CPI das Obras da Copa na Assembleia legislativa de Mato Grosso.


Num longo depoimento, Eder respondeu todas as perguntas dos parlamentares. Ele entregou à CPI várias caixas contendo 35 mil páginas de documentos sobre as obras da Copa. Junto com a documentação das obras, entregou documentos sobre o pagamento de cartas de crédito para membros do Ministério Público do Estado.

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Ele revelou que membros do MPE contrataram ele próprio, o ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (sem partido) e o advogado Alex Ortolan, para que fizessem a negociação, já que eles 'não podiam aparecer', para receber R$ 10,3 milhões em cartas de crédito com deságio, dos quais R$ 516,7 mil foram pagos ao chefe do MPE Paulo Prado.


Eder disse lamentar a perseguição que sofre por parte do MPE contra 'os dois que mais os ajudaram'.


“O Ministério Público emitiu cartas de crédito a seus membros e me usaram para intermediar essas negociações com o grupo Rede Cemat, em São Paulo, fui acompanhado do deputado José Riva e Alex Ortolan enquanto vivo, para negociar em nome do Ministério Público Estadual determinado por eles, para que não se negociasse a menos de 90%. Todos os outros receberam 60%, mas os membros do Ministério Público receberam 90%, e a relação de todos os procuradores que receberam está aqui”, disse Eder.


Uma planilha contendo nomes do chefe do MPE, Paulo Prado e mais 47 procuradores do Estado, foi apreendida pela Polícia Federal numa das fases da Operação Ararath.

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Eder Moraes se colocou à disposição para ser o delator do esquema, ou colaborar com qualquer investigação. Ele desafiou os parlamentares a criar uma CPI para investigar o caso. 'Eu espero que a Assembleia tenha independência para abrir uma CPI. Será que um parlamento não tem 14 pessoas que queiram saber a verdade?', perguntou.


O presidente da CPI, deputado Oscar Bezerra, orientou os assessores que excluissem das notas taquigráficas as manifestações sobre o MPE, já que não fazem parte do objeto da CPI.

 

 

 

 

 

 

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